segunda-feira, 27 de março de 2023

ELECTRIC MUD - Electric Mud - 1971

 


Electric Mud é mais uma daquelas bandas obscuras, de curta carreira vindas da Alemanha no início da década de 70. Assim como tantos outros exemplos desse tipo de trajetória, a gravação foi feita ao vivo dentro de um estúdio em Düsseldorf, com número de cópias limitada e que atualmente paga-se um alto valor pelas prensagens originais.

A banda segue uma linha menos experimental, enfatizando uma estrutura progressiva mais densa no decorrer de suas quatro faixas. Disco curto porém intenso, vocais muito bem executados em língua nativa pelo desconhecido Udo Preising, que também destila toda sua melancolia acompanhado de um baixo bastante presente.

Nessa cozinha entra o baterista Jochen Dyduch, que orienta a banda sem muitas explosões e viradas mirabolantes mas com muita técnica e nítida habilidade.

A guitarra de Manfred Simhäuser é o grande destaque em todas as faixas que compõem esse intrincado registro. Exímio músico que desapareceu no tempo, com uma base mais ácida com fortes e encorpados solos. 

Sempre fusionado aos teclados de Axel Helm que, conduz com perfeição um Hammond composto por diferentes camadas de timbres, em texturas bem elaboradas fazendo com que o ouvinte perceba em certas passagens, os efeitos de velocidade de rotação gerados por um amplificador Leslie. 

Helm também vem munido de um piano elétrico que também se faz presente em alguns trechos contudo, um pouco tímido na minha opinião.

É um pouco perigoso fazer analogias a certas bandas que lançam apenas um único registro. Muitas carregam uma veia mais experimental, voltada para complexas instrumentações e outras com estruturas mais tenras e cadenciadas. Nesse caso, o Electric Mud aproxima-se de bandas como Virus e Necronomicon por uma certa familiaridade em suas execuções. 

Altamente recomendado aos entusiastas do bom e velho Krautrock.


TRACKS:

1. Hausfrauenreport 

2. Die Toten Klagen Euch An 

3. Immer Das Alte Lied 

4. Nichts Zu Essen In Der Not 


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terça-feira, 17 de janeiro de 2023

GURU GURU - Wiesbaden - 1973


Percursora do movimento Krautrock, foi formada nos anos 60 pelo baterista Mani Neumeier e pelo baixista Uli Trepte com o nome de Guru Guru Groove como uma banda voltada para o Jazz que tocava ao vivo músicas de Coltraine, Monk e Roach.

Em 1968 a banda passa a integrar a cena alemã com um show avassalador na cidade de Heidelberg chocando o público com um som bem diferente do que de costume e sem o Groove no nome. 

Já com um grande número de fãs que os acompanhavam pelos festivais da Alemanha, a banda lança no começo de 1970 seu primeiro e excelente trabalho de estúdio intitulado por UFO e já com o virtuoso e excelente guitarrista Ax Genrich dando um toque mais ácido e fazendo com que a banda sustentasse ainda mais uma originalidade única em termos de Krautrock.

A título de curiosidade, Ax ou Axel Genrich é um exímio guitarrista alemão fortemente influenciado por Hendrix e foi membro fundador do Agitation Free em 1970 mas deixou a banda antes mesmo do lançamento do primeiro disco Malesch de 1972. 

Genrich também gravou um excelente disco após sua saída do Guru Guru intitulado como Highdelberg Supersession de 1975 que trazia grandiosos nomes da cena alemã, tais como, Helmut Latter, Jan Fride e Peter Wollbrant (todos do Kraan), acompanhados por Dieter Moebius e Hans Joachim Roedelius ambos fundadores do Harmonia e finalizando, Mani Neumeier fiel companheiro de estrada no Guru Guru. 

Creio que esse disco não seja tão raro de achar pela internet, uma vez que o prog alemão se tornou figurinha carimbada em muitos blogs por aí.

Voltando ao que realmente interessa...

Esse registro ao vivo do Guru Guru gravado em 17 de Setembro de 1973 na cidade alemã de Wiesbaden  não se trata de um bootleg mas sim de uma gravação feita por um amigo da banda que engavetou as fitas da apresentação por décadas, sendo resgatado pelo salvador selo Garden Of Delights e lançado oficialmente em 2010.

O disco contém apenas três faixas, a primeira delas Ooga Booga do álbum Känguru de 1972 que possui uma versão estendida de quase 38 minutos regada por improvisações alucinantes!!! As restantes são belas versões de Round Race e Das Zwickmaschinchen  do  Don´t Call Us We Call You, disco em evidência na época.

A qualidade é boa, nota-se que as fitas foram bem conservadas com o passar do tempo e o Garden Of The Delights fez o possível para que a qualidade se tornasse ainda melhor.


TRACKS:

1. Ooga Booga

2. Round Dance

3. Das Zwickmaschinchen 


MEGA (NOVO LINK)

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

SÜNDENFALL II - Sündenfall II - 1972

 


Grupo alemão de curta carreira, formado no distrito de Kevelaer, próximo a Düsseldorf, que lançou apenas um belo álbum em 72. 

A primeira formação do Sündenfall se dedicava exclusivamente ao Jazz e após uma apresentação do Jethro Tull na Alemanha, o pianista e flautista, Christoph Maubach se encantou com a performance de Anderson e decidiu optar por uma transição, trazendo também elementos de Folk e instrumentos acústicos a suas composições. 

Formou-se então o Sündenfall II, que nada mais é que uma é uma compilação variada de folk progressivo, com fragmentos de rock psicodélico, instrumentais de jazz, incluindo passagens de sax, trompete, gaita, muita flauta e com marcante presença de um lindo piano. Não encontramos aqui guitarras elétricas e variadas experimentações como era comum em terras alemãs mas sim uma sonoridade acústica de alto nível. A percussão é tímida a meu ver mas, com agradáveis variações rítmicas. A banda era composta por seis membros, entre eles Kerstin Fleischhammer a única mulher, que dava sua contribuição em algumas faixas com um lindo e forte vocal, sempre cantado em inglês. 

Gravaram então nove músicas diferentes, além de três pequenas peças solo (Prae) tocadas em piano, flauta e violão. Para as gravações, a banda preferiu usar instrumentos acústicos, enquanto em seus shows eles frequentemente apresentavam longas improvisações tocadas em instrumentos elétricos e com pouco vocal.

Uma nota interessante é que o disco foi gravado na então nova sede do canal ZDF, uma das maiores emissoras de televisão pública da Europa. A banda foi convidada para testar os equipamentos recém-instalados no estúdio de som e imagem, denominado por Trefiton. Já no final de 1972, o disco foi devidamente lançado com prensagem limitada de cópias que eram distribuídas em alguns shows e vendidas em algumas poucas lojas de Kevelaer. 

Como sempre, o selo Garden of Delights teve acesso a uma dessas cópias que, hoje chega a valer até uma milha de Euros e relançou em CD em 2010. No ano seguinte, lançou uma tiragem limitada a mil cópias em vinil que ainda se encontra disponível com preços relativamente mais acessíveis.

Trata-se de um disco leve, com faixas de curta duração que gradualmente envolvem o ouvinte a uma atmosfera encantadora em variados segmentos. Um belo registro a quem aprecia a vertente Folk do gênero progressivo. 


TRACKS:

1. Warning 

2. Suddenly Sun 

3. Prae 

4. Montpellier  

5. Dusty Road 

6. Duftes Ding 

7. How To Get On 

8. Prae 

9. She Lives In A Gang 

10. Bloody Birds 

11. Prae 

12. Soldier Of The North 


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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

DOM - Edge Of Time - 1970


 

Talvez esse seja um dos discos mais incríveis que escutei nos últimos tempos. Trata-se de um album conceitual baseado fortemente a uma viagem de ácido, só pela introdução da capa já temos uma pequena amostra do que está por vir. Inclusive esse é o único trecho vocalizado no registro contido na faixa título, Edge Of Time, fora os gemidos e murmuros sombrios contidos em seu decorrer.

A banda é composta por um desconhecido quarteto vindo de países como Alemanha, Polônia e Hungria que mistura a pureza e a leveza do Folk com o experimentalismo pesado e confuso do Krautrock. O conceito do album baseia-se especificamente em uma "viagem errada", as consequências do ácido sobre os efeitos da mente humana e a percepção do tempo. Uma interpretação bastante criativa onde a mente é capaz de evocar uma série de diferentes estados de consciência e emoção profunda, ou seja, pra derreter mesmo! rs

Musicalmente falando, encontramos nesse registro uma série de belos instrumentos acústicos onde o uso de guitarras elétricas pesadas e bateria foram abolidos em seu decorrer. Apenas lindos solos de flauta e violão misturados a instrumentos estranhos de percussão que se entrelaçam a um forte som de órgão emaranhado em passagens eletrônicas espaciais um tanto complexas. 

Este é mais um daqueles discos raros onde se tem a nítida impressão de que foi gravado ao vivo em um desses estúdios fundo de quintal e que hoje valem centenas de libras. A gravação não é limpa, mas temos aqui uma verdadeira raridade quando o assunto é Krautrock.

Tenho certeza que a maioria das pessoas que frequentam o PRV não conhecem essa jóia esquecida pelo tempo, por isso não pensei duas vezes e tratei de compartilhar, espero que todos tenham a mesma impressão que tive quando escutei pela primeira vez. Não tem erro, quem gosta do gênero vai pirar com esse disco. Prometo!

Have a nice trip!


TRACKS:

1. Intruitus

2. Silence

3. Edge Of Time

4. Dream  


Bonus:

Flotenmenschen 1

Flotenmenschen 2

Flotenmenschen 3

Flotenmenschen 4

Let Me Explain 


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terça-feira, 25 de outubro de 2022

DIABOLUS - High Tones - 1972



 A maioria das publicações feitas por aqui são de bandas de variados países, não muito comerciais, perdidas e esquecidas pelo tempo, que lançam um único trabalho de extrema qualidade e não dão seguimento a seus projetos. Mesmo assim são bandas que muito contribuíram a fim de elevar ainda mais a qualidade do movimento progressivo que surgia a passos largos no início da década de setenta. 

Um belo exemplo disso é banda inglesa Diabolus, que sequer chegou a lançar oficialmente o disco High Tones por questões desconhecidas, mesmo sendo produzidos por pessoas ligadas ao The Who. 

O selo alemão Bellaphon teve acesso as gravações originais e comercializou sem qualquer autorização vinda de seus detentores. Somente nos anos 90, os membros originais descobriram a manobra ilegal da gravadora e através de um processo judicial, recuperaram os direitos de propriedade da obra em questão. Posteriormente, lançaram o disco oficialmente pelo selo Sunrise.

O som varia entre um fusion descontraído, submerso a uma cozinha baixo-bateria de extrema destreza em linhas de improviso altamente envolventes. Instrumentos como sax e muita flauta são os pontos altos de todo o disco, entrelaçados a complexos solos de guitarra. Teclados e piano aparecem meio que discretamente porém, tem o seu valor e destaque ao longo das faixas.

Algumas passagens remetem a fase áurea do Crimson, talvez pelas intrincadas passagens de sax alternada a uma atmosfera mais folk que, a meu ver, assemelha-se em certos fragmentos, ao modo de condução instrumental vinda do Jethro Tull.  

Trata-se de um disco de audição fácil para quem admira uma sonoridade mais jazzy, com menos peso e mais percepção instrumental. 

Altamente recomendado!


TRACKS:


1. Lonely Days 

2. Night Clouded Moon 

3. 1002 Nights 

4. 3 Pieces Suite 

5. Lady Of The Moon 

6. Laura Sleeping 

7. Spontenuity 

8. Raven's Call 


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quinta-feira, 15 de setembro de 2022

[DIVULGAÇÃO] CARIOCA PROG FESTIVAL - ANXTRON - THEATRO MUNICIPAL DE NITERÓI - 30 DE SETEMBRO

 


A programação do Carioca Prog Festival retorna a sua normalidade após o período de hiato em ocasião da pandemia da Covid-19.

A banda progressiva Anxtron volta aos palcos em comemoração aos vinte anos de carreira para o lançamento de seu disco ao vivo gravado na edição online do festival que ocorreu durante a pandemia. 

A época, a banda gravou com o teatro vazio e agora volta ao lindo Theatro Municipal de Niterói para uma apresentação que promete grandes execuções. Sou suspeita para falar do Anxtron, acompanho a banda há alguns anos e, a cada disco lançado, é uma surpresa diferente. Progressivo de qualidade e  extremo bom gosto.

O show está marcado para o próximo dia 30 (sexta-feira) às 19:00hrs no Theatro Municipal de Niterói.

Os ingressos podem ser adquiridos através do portal Sympla ou na bilheteria do teatro no dia do evento.



segunda-feira, 29 de agosto de 2022

PLANET GONG - Floating Anarchy - 1977

 


Creio que esta seja uma das postagens mais difíceis de se publicar por aqui, afinal o Gong é uma das bandas mais complexas do gênero, liderada por um gênio/monstro que muito contribuiu para os primeiros passos do progressivo britânico no começo dos anos 60.

Tudo começou quando o saudoso Daevid Allen se mudou de Paris para a Inglaterra em 1961 onde alugou um quarto em uma pequena aldeia nas proximidades de Kent e conheceu lá o filho do proprietário da casa, nada menos que Robert Wyatt, na época com apenas 16 anos. Formaram então o Daevid Allen Trio que, mais tarde se juntaria aos remanescentes do Wilde Flowers (leia-se Kevin Ayers e Wyatt) e formariam o embrião do Soft Machine.


Após uma tour pela Europa, Allen tem problemas com seu visto e é impedido de entrar novamente na Inglaterra tendo assim que retornar a Paris. 

Chegando lá conheceu sua eterna musa e parceira Gilli Smyth, os dois formaram a primeira encarnação do Gong, que se desmanchou durante a Revolução Estudantil de 1968, quando Allen e Smyth foram obrigados a ir para Majorca, na Espanha. Lá eles conheceram o saxofonista Didier Malherbe, que morava em uma caverna na aldeia de Deya.

Durante esse período o cineasta Jerome La Perrousaz os convidou para voltar à França para gravar trilhas sonoras para seus filmes. Eles também conseguiram um contrato com a gravadora independente BYG, gravando os discos Magick Brother, Mystic Sister Bananmoon, este último um trabalho solo de Allen.


Em 1971, a banda decola com o lançamento do Camembert Electrique que foi o primeiro álbum a retratar a mística história do personagem central, Zero The Hero incluindo os Pot Head Pixies do Planeta Gong e o Radio Gnome Invisible.


Entre os anos de 73 e 74 lançaram a trilogia Radio Gnome Invisible (Flying Teapot, Angels Egg, You) onde se continuava a saga de Zero The Hero. Todos os personagens,lugares e situações foram criados por Allen e Smyth durante muitas de suas viagens psicodélicas. 


Vale lembrar que esses três registros contam com a ilustre participação de Steve Hillage que, em minha modesta opinião, é um dos melhores guitarristas de todos os tempos e que muito contribui para o bom andamento do movimento Canterbury no começo dos anos 70. 

Outro nome que vale a pena ser citado é o de Tim Blake (Hawkwind), exímio tecladista que conduzia um VCS 3 como poucos, era capaz de fazer com que a timbragem desse poderoso sintetizador soasse ainda mais ácida e psicodelicamente obscura. 


Em 1975, após a tour do Radio Gnome Invisible, Allen e Smyth deixam a banda por motivos de má convivência com Tim Blake e o baterista Pierre Moerlen. Smyth alegava que precisava também dar mais atenção aos dois filhos do casal.


Devido as obrigações contratuais da banda com a Virgin Records, Moerlen foi obrigado a manter o nome Gong lançando em 1976 o ousado disco Shamal.  A partir daí, o Gong seguiu uma linha mais voltada para o Jazz/Fusion fazendo uso de instrumentos percussivos nada convencionais como marimba, vibrafone e até mesmo um Tubullar Bells. 

Nesse mesmo ano, o excelente guitarrista, Allan Holdsworth foi convidado por Moerlen para integrar os discos Gazeuse! e Expresso II aos quais não foram muito bem aceitos pelos fãs mais exigentes, fazendo com que a banda sofresse sua primeira alteração no nome se tornando então Pierre Moerlen's Gong . 

Tinha-se ali um buraco quando o assunto rondava a criatividade, era nítida a falta que o excêntrico casal de loucos fazia naquele momento. 


Com o decorrer dos anos a banda passou por diversas ramificações em projetos diferenciados liderados por Allen e Smyth, mas sempre abordando os assuntos que rondavam a parte mística de toda a história do Gong até 1975. Essas ramificações ficaram conhecidas ao longo dos anos como "Gong Global Family" que englobavam projetos solos de Allen, além do surgimento de bandas como Gongzilla, Planet Gong, Here & Now  e  Mother Gong.



O disco que disponibilizo hoje, ocorreu durante o projeto Planet Gong onde a banda fez algumas apresentações ao vivo entre 1975 e 1977. Intitulado por Floating Anarchy foi lançado em 1978 por um selo ao qual desconheço.  

Disco curto, com apenas seis faixas, consiste de um som com uma batida um tanto ácida, mais voltada para o punk (pasmem!) mesclada com um pouco da sutileza do Canterbury. 
Este é um disco bem interessante, com passagens bem obscuras executadas pela forte voz de Allen acompanhado de uma banda de peso, onde os poderosos solos de guitarra muito se destacam em todo seu decorrer.

Posso afirmar que Daevid Allen e companhia possuem um carinho especial pelos brasileiros.

Em 2007, a banda excursionou pelo Brasil com o nome de Daevid Allen and Gong Global Family que, em sua formação contava, com dois músicos  brasileiros, o guitarrista Fábio Golfetti e o baixista Gabriel Costa (ambos da formação do Violeta de Outono) que muito acrescentaram na passagem da banda por aqui.  Allen gostou tanto das terras tupiniquins que acabou gravando um DVD intitulado por  "GONG Live In Brazil: 20th November 2007".

Outras passagens por aqui ocorreram em 2011 durante a Virada Cultural de São Paulo e em 2013 para duas apresentações ocorridas no Sesc Belenzinho também na capital paulista. 

Infelizmente, não fui em nenhum desses shows mas tenho comigo uma gravação exclusiva da última passagem da banda pelo Brasil. Veja aqui.



TRACKS:

1. Psychological Overture Zero
2. Floatin' Anarchy Zero
3. Stone Innoc Frankenstein Allen
4. New Age Transformation Try: No More Sages Zero
5. Opium For The People
6. Allez Ali Baba Black-Sheep Have You Any Bull Shit: Mama Maya Mantram Zero 

segunda-feira, 13 de junho de 2022

[FLAC] MAHAVISHNU ORCHESTRA - Whiskey a Go Go - 1972

 


Excelente bootleg de qualidade sonora impecável, gravado em 27 de Março de 1972 na icônica casa de shows, Whiskey a Go Go em Los Angeles.

Resolvi compartilhar esse registro em específico por se tratar de uma seleção com as melhores faixas do primeiro disco da banda, The Inner Mounting Flame (1971), em versões estendidas. A única exceção é a faixa "Miles Beyond" do também excelente e essencial Birds Of Fire (1973).

O destaque vai para a abertura com "Meeting Of The Spirits" que conta com toda a genialidade de cada um de seus integrantes em seus respectivos instrumentos.

Vale frisar que este é um dos poucos registros não-oficiais lançados ao vivo onde consta a formação original do Mahavishnu. 

Trata-se de um bootleg altamente recomendado aos entusiastas desse tipo de mídia e aos admiradores do subgênero Fusion. Certamente, um dos melhores registros já publicados neste abandonado espaço.


TRACKS:

01. John Talks/Meeting Of The Spirits 

02. Miles Beyond 

03. The Dance Of Maya 

04. Band intro

05. A Lotus On Irish Streams 

06.The Noonward Race 


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sexta-feira, 13 de maio de 2022

[FLAC] PINK FLOYD - Melbourne - 1971

 



Depois de três shows nos primeiros dez dias de agosto em Hakone e Osaka, no Japão, o Pink Floyd veio para a Austrália para uma turnê de apenas duas datas. Seria sua primeira passagem por lá e será a única até janeiro de 1988, quando eles voltariam para a divulgação do mega show do Momentary Lapse of Reason.

Gravado em 13 de Agosto de 1971 em Melbourne, a abertura deste registro fica por conta de 'Atom Heart Mother' interpretada sem os metais e o coro, com 7 minutos a menos de duração que a faixa original, mas de qualquer forma, é uma versão inspirada, com um arranjo bastante agressivo e de muita criatividade. 

Uma curiosidade vem da faixa 'Green is the Colour que sumiu dos setlists do Floyd após essa tour pela Austrália, sendo substituída por Fat Old Sun ao longo dos anos. 

O que mais me atraiu nesse bootleg foi a interpretação de Echoes já que o disco Meddle seria lançado somente no final de outubro de 1971. Nota-se uma certa improvisação em algumas passagens da música, o que faz com que os fãs mais assíduos da banda procurem ainda mais por esse tipo de registro.

A qualidade do áudio é mediana, porém considero esse disco como um dos melhores registros não-oficiais da banda nos anos 70. 


TRACKS:

01. Atom Heart Mother

02. Green is the Colour

03. Careful with that Axe, Eugene

04. Set the Controls for the Heart of the Sun

05. Echoes

06. Cymbaline


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sexta-feira, 22 de abril de 2022

THREE FRIENDS - Gentle Giant Reunion Gig - 2009

 



Desde os primórdios do que conhecemos por Rock Progressivo, o Gentle Giant sempre teve um lugar reservado no topo da lista dos fãs mais exigentes do gênero. Comigo não é diferente, tenho ainda muito respeito e admiração por essa banda que sempre executou com perfeição toda a complexidade de seus mais criativos arranjos.  

Desde 1966 quando os irmãos Shulman criaram a banda Simon Dupret and The Big Sound com um som mais voltado para o R&B, o que era a febre do momento, chegaram a alcançar um certo sucesso mas não era esse o tipo de som que os três gostariam de fazer. Não satisfeitos, acabaram com a banda e no fim dos anos 60 se juntaram a um impecável trio composto por Kerry Minnear (teclados), Gary Green (guitarra) e Martin Smith (bateria) e formaram o Gentle Giant. Essa formação clássica chegou a gravar o essencial disco homônimo lançado em 1970 e no ano seguinte o Acquairing The Taste, que também se tornou um dos grandes álbuns lançados naquele ano.

Creio que o resto da história todos já conhecem, o GG se tornou uma das bandas mais importantes do cenário britânico durante os áureos anos 70 mas com um ponto a mais de criatividade, belas letras e compassos executados de diferentes formas em uma só faixa. A banda introduziu ao rock progressivo além de poderosos sintetizadores, instrumentos exóticos como xilofone, oboé, cellos e outros, que se encaixavam com perfeição a proposta estabelecida por seus componentes. 

A banda encerrou suas atividades no momento certo, quando o progressivo já não era mais o mesmo durante a fatídica década de 80 onde muitas bandas aclamadas seguiram outros rumos na música, partindo para um som mais voltado para o pop. Lamentável!

Mas eis que em 2008 uma tão esperada reunião do GG começa a sair dos estúdios de ensaio para os palcos britânicos. A ideia inicial partiu de Gary Green que se juntou ao inesquecível baterista Malcolm Mortimore (Three Friends 1972) e começaram a se apresentar com o nome de Rentle Giant, fazendo releituras ao vivo de obras clássicas do GG. 

Em 2009, Kerry Minnear se junta a dupla e a banda passa se chamar Three Friends, uma homenagem mais que justa!

O bootleg que hoje disponibilizo é nada menos que a primeira apresentação com a atual formação ocorrida em 16 de Abril de 2009 numa cidadezinha portuária da Inglaterra chamada Shoreham-by-Sea.

Além da impecável qualidade do áudio, encontramos aqui lindas versões de faixas como "Prologue", "In a Glass House" e "Giant", fora as outras que compõem o setlist desse show. Somente clássicos e alguns bons "lado b" que não poderiam nunca ficar de fora. 

Sabe-se que alguns meses depois Minnear deixou a banda sem maiores explicações mas o TF continuou  a excursionar pela Europa, Canadá, Alemanha e Japão. 

Sua mais recente apresentação ocorreu em Abril de 2014 no exótico "Cruise To The Edge", uma viagem dos sonhos, onde pelo menos dois mil aficionados pelo progressivo de todas as partes do mundo, se esbaldaram em um cruzeiro de quatro dias pelo México em companhia de bandas como Renaissance, Yes, Tangerine Dream, Soft Machine Legacy, PFM, Steve Hackett, dentre muitos outros...

Ficamos por enquanto com esse belo registro e esperando um dia, quem sabe, poder ver e ouvir ao vivo esse reunião de músicos que muito contribuíram com a trajetória de sucesso do progressivo no decorrer da década de 70.


TRACKS:

1. Prologue

2. Playing The Game

3. The Advent Of Panurge

4. Pantagruel´s Nativity

5. Just The Same

6. Think Of Me With Kindness

7. The House, The Street, The Room

8. The Boys In The Band

9. (Band Introduction)

10. His Last Voyage

11. In A Glass House

12. Mister Class & Quality

13. Three Friends

14. Free Hand

15. Giant 

16. Peel The Paint


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quinta-feira, 14 de abril de 2022

PROGROCKVINTAGE NO YOUTUBE

 



Resolvi seguir o conselho de alguns que passam por aqui e estou aderindo, ainda em fase de testes e de forma MUITO amadora, um canal no Youtube com alguns dos arquivos publicados no Progrockvintage. 

Não possuo nenhum domínio para publicações no Youtube, já que o mesmo me permite subir apenas arquivos de até 50mb, o que não me atende...

Aceito suporte de quem realmente entende do assunto. Quem tiver interesse em ajudar, basta entrar em contato através do email: luciana.aun@gmail.com

Se inscreva e comente para que possamos gerar algum engajamento na plataforma.

Link de acesso: https://www.youtube.com/channel/UCuhxwdhazur-U4Uq0RPb-Cg/

Conto com o apoio de todos para que eu tenha ânimo em prosseguir. 

Agradeço desde já.

Luciana Aun


quarta-feira, 13 de abril de 2022

[FLAC] PINK FLOYD - Copenhagen - 1967

 


A gravação completa mais antiga do Pink Floyd não lançada oficialmente que se tem conhecimento é a que vos apresento hoje. 

Gravado em 13 de Setembro de 1967, trata-se da última das três noites de apresentações no Star Club em Copenhagen, Dinamarca.

Todas as faixas (exceto 'Astronomy Domine') são bastante raras em gravações ao vivo, com a única apresentação de 'One in a Million' neste show. 

A qualidade é um pouco precária mas em se tratando de Pink Floyd, temos uma grande joia aos colecionadores mais assíduos.

Publicado em FLAC para uma melhor apreciação.


TRACKS:

01. Reaction in G

02. Arnold Layne

03. One in a Million

04. Matilda Mother

05. Scream Thy Last Scream

06. Astronomy Domine


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quinta-feira, 3 de março de 2022

PINK FLOYD - Paradiso - 1968

 


Bootleg gravado em duas datas distintas, as faixas de 1 a 4 fazem parte de uma apresentação na cidade de Amsterdã em de Maio de 1968. 

Dizem por aí que essa foi a última aparição ao vivo de Barret no Floyd. 

As faixas de 5 a 7 foram gravadas em 5 de Maio de 1968 em Roma e a faixa 6 é uma pequena entrevista de Waters.

A qualidade sonora do show de Amsterdã não é das melhores mas vale o registro aos colecionadores, já o show de Roma, a qualidade é aceitável.


TRACKS:

1. Let There Be More Light

2. Interstellar Overdrive

3. Set the Controls for the Heart of the Sun

4. A Saucerful of Secrets

5. Astronomy Domine

6. Roger Waters Interview

7. Set the Controls for the Heart of the Sun


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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

JETHRO TULL - Songs From The Coliseum - 1977

 



Não é segredo pra ninguém que o álbum Songs From The Wood é um dos meus favoritos de toda a discografia lançada pelo Jethro ao longo de mais de 50 anos de estrada. 

Disco que compõe a primeira etapa de um trilogia (Heavy Horses-1978/Stormwatch-1979), aborda temas da natureza e de como o homem vem a maltratando na dependência abusiva de sua sobrevivência. 

Baseado em composições mais voltadas para o Folk, Ian Anderson abusa genialmente de belíssimas passagens de flauta entrelaçadas a melodias progressivas muito bem executadas por Barre, Palmer, Barlow e Glascock.

Certamente, o bootleg disponibilizado hoje, marca uma das primeiras apresentações que compunham a tour americana da banda para a divulgação do disco em questão.

Gravado em 03 de Março de 1977 no Coliseum Center em Seattle, o registro conta com versões interessantes de faixas como "Jack In The Green", "Songs From the Wood", "Velvet Green" e "Hunting Girl", sendo estas as únicas executadas para a divulgação do disco em questão e com boa receptividade do público presente. Uma pena a faixa "Cup of Wonder" ter ficado de fora...

Constam também boas versões de alguns clássicos indispensáveis como "Thick as a Brick", "Aqualung" e "Ministrel in the Gallery", sendo esta última um dos destaques de todo o disco. 

A qualidade de áudio está razoável porém, trata-se de mais um belo registro de uma das maiores bandas de todos os tempos.


TRACKS:

01. Wond'ring Aloud

02. Skating Away On The Thin Ice Of The New Day

03. Jack-In-The-Green

04. Thick As A Brick

05. Songs From The Wood

06. Conundrum

07. To Cry You A Song

08. A New Day Yesterday

09. Flute Solo - Bouree

10. Living In The Past

11. Velvet Green

12. Hunting Girl

13. Too Old To Rock'n'Roll Too Young To Die

14. Beethoven's 9th Symphony

15. Minstrel In The Gallery

16. Cross-Eyed Mary

17. Aqualung

18. Guitar Solo

19. Wind-Up

20. Back-Door Angels

21. Locomotive Breath

22. Land Of Hope And Glory

23. Back-Door Angels (Reprise)


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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

[FLAC] PREMIATA FORNERIA MARCONI - PESCARA - 1975

 


"No final dos anos 60, a Itália experimentou uma onda de novas ideias e ideais que coincidiram com o nascimento da nova era musical. Não seria exagero afirmar que a década de 70 foi um divisor de águas na história do país. Embora seja lembrada como os anos do "boom econômico", foi apenas na década seguinte que a Itália fez a longa e difícil mudança de um país tradicional, relativamente pobre para uma sociedade ocidental totalmente desenvolvida. 

Uma olhada em qualquer cronograma para a Itália dos anos 70 mostrará uma incrível concentração de eventos que mudaram a estrutura da sociedade de forma irrevogável: leis e atos foram aprovados afetando os direitos dos trabalhadores, família e divórcio, direitos das mulheres e isenções culturais. Vale lembrar que se tratava de um país onde a presença física da Igreja Católica sempre foi impossível de ignorar, principalmente por causa de sua intervenção aberta nos assuntos políticos gerando a introdução a mudanças que afetara toda uma nação.

Os tempos turbulentos foram fundamentais a inúmeros músicos em busca de algo novo - alguma forma de comparar o clima político por meio da mídia artística - variando de estudantes de conservatório altamente aplicados a cantores e compositores locais. Esse espírito conseguiu cativar um país inteiro em poucos anos. Os jovens estavam inquietos, explodindo em um desejo ardente de mudar a atmosfera sóbria e sufocante da sociedade italiana a partir de um de seus símbolos, sua venerável e brilhante tradição musical.  A maioria dos músicos tinha tendências mais ou menos fortes para a esquerda, enquanto os poucos exemplos de bandas abertamente de direita nunca conseguiram sair da obscuridade ou ganhar mais do que seguidores estritamente cults.

 Influências psicodélicas e a incorporação da música erudita podem ter sido os mesmos degraus usados ​​pela maioria das outras cenas progressivas ao redor do globo durante o mesmo período, mas mesmo neste estágio embrionário havia um sopro de outra coisa no ar. No final dos anos 60, quando a cena beat já estava em declínio, várias bandas se formaram, algumas delas lançando singles (ou mesmo álbuns) que preenchiam a lacuna entre a batida, a música italiana convencional de fácil audição (Musica Leggera) e a novas influências vindas da Grã-Bretanha.

Um dos mais interessantes nomes vindos dessa terra foi a Premiata Forneria Marconi (PFM), banda progressiva de sucesso a qual alcançou maior notoriedade pelo mundo. Seu embrião foi a banda I Queli que se juntou a um dos maiores instrumentistas italianos, Mauro Pagani. 

Seu primeiro e brilhante álbum (lançado apenas na Itália) foi Storia di minuto (1972), que foi um sucesso imediato, seguido rapidamente por Per un Amico (1972), que expandiu sua influência para fora da Itália e por toda Europa. 

Nessa época, durante uma turnê, Greg Lake os ouviu e imediatamente os contratou para sua nova gravadora, a Manticore Records. Por causa dessa conexão, seu próximo álbum, Photos of Ghosts (1973) foi lançado em todo o mundo (com versões regravadas principalmente de músicas de seus álbuns anteriores) e, pela primeira vez, com letras em inglês (em uma tentativa de alcançar uma maior público). Curiosamente, em vez de apenas traduzir suas letras em italiano para o inglês, todas as novas letras foram escritas nada menos por Pete Sinfield, uma das cabeças pensantes do núcleo King Crimson. 

O álbum foi vendido em países de todo o mundo, incluindo os EUA. Eles seguiram esse sucesso com outro álbum italiano (L'isola di niente) seguido por uma versão em inglês, The World Became the World (1974), e então sua primeira turnê pelo os Estados Unidos.

 Os shows gravados dessa turnê se tornaram a base para um álbum ao vivo, Cook (1975). A banda também alcançou seu maior público naquele país quando apareceu no programa de TV The Midnight Special no início de 1975. Para seu próximo álbum, Chocolate Kings (1975), eles adicionaram um novo vocalista, Bernardo Lanzetti, e um som de rock mais pesado. Jet Lag (1977) foi seu último álbum com letras em inglês (assim como o último álbum lançado nos EUA) e mudou-se para uma pegada mais voltada para o Fusion".

O bootleg a seguir foi gravado em 02 de Agosto de 1975 no Centro Esportivo Le Naiaidi, situado na província de Pescara na Itália e conta com um setlist recheado de faixas importantes da carreira do PFM em lindas versões.

A gravação não está impecável e disponibilizo em FLAC para uma melhor apreciação.


Obs: As transcrições desse artigo tiveram como fonte o site Progarchives, sendo traduzidas e adaptadas por Luciana Aun.


TRACKS:

01. La Carrozza di Hans

02. Four Holes in the Ground

03.Il Banchetto

04. Dove ...Quando

05. Mussida solo - Dolcissima Maria

06. Mr. 9 till 5

07. Altaloma 5 till 9 - Violin solo - William Tell Ouverture

08. Di Cioccio solo


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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

[FLAC] BLODWYN PIG - Fillmore West - 1970

 


Blodwyn Pig foi uma das bandas mais obscuras da cena musical underground do final dos anos sessenta. O guitarrista Mick Abrahams esteve envolvido com vários projetos de R&B incluindo a The Hustlers  e em 1967, ele co-fundou o Jethro Tull junto com Ian Anderson, mas acabou saindo em novembro do ano seguinte, logo após o lançamento do álbum de estreia '' This Was ''. Após sua saída, Abrahams formou o Blodwyn Pig, nome incomum aparentemente cunhado por um amigo próximo. A formação original era composta por Abrahams (guitarra, voz), o gênio Jack Lancaster (saxofones, flauta, violino), Andy Pyle (baixo) e Ron Berg (bateria). 

A banda teve uma extensa atividade ao vivo que incluiu aparições nos festivais da Ilha de Wight e Reading Festival. Após gravar dois excelentes álbuns, as temidas diferenças musicais resultaram na saída de Abrahams da banda em setembro de 1970.

Os dois álbuns lançados pela formação original, ''Ahead Rings Out'' (1969) e ''Getting To This'' (1970), foram uma fusão de blues progressivo pesado e jazz, com metais e sopros de Lancaster fornecendo a maioria dos tons jazzistícos, entoados com muito peso. Lancaster foi influenciado, assim como Ian Anderson, pelo multi-instrumentista de jazz americano Rahsaan Roland Kirk. Lancaster frequentemente tocava duas trompas simultaneamente à maneira de seu ídolo, e quando combinado com o uso liberal de overdubs, o efeito geral soava como uma seção de metais ensurdecedores.

 O álbum de estreia (o melhor deles), com sua icônica capa, é geralmente considerado o mais jazzístico e progressivo dos dois álbuns. No entanto, '' Getting To This '' é talvez mais funky e inclui uma faixa (San Francisco Sketches) com várias partes que realmente mostram a musicalidade e a genialidade de Lancaster. 

Em resposta ao entusiasmo dos fãs, Abrahams reviveu a banda com uma formação diferente em 1987. Esta nova versão lançou dois álbuns nos anos noventa. Lancaster e Bunker formaram a eclética banda progressiva Aviator em 1978. Lancaster também trabalhou como produtor musical e músico/arranjador de sessão para artistas como Phil Collins, Brian Eno e Vangelis. Pyle tocou com encarnações posteriores de The Kinks e Wishbone Ash. 

Blodwyn Pig foi uma das bandas mais obscuras do cenário musical mas que, no entanto, deram uma contribuição valiosa para o desenvolvimento da música  progressiva. Sua mistura única de guitarra e metais, conduzida contra um pano de fundo de Heavy Prog, blues e jazz reúne uma força poderosa que deve agradar aos fãs dos primórdios do Jethro Tull,  Colosseum, dentre várias outras que seguem uma linha mais voltada para o fusion.

O bootleg disponibilizado, foi gravado em 03 de Agosto de 1970 no festival de Fillmore West em São Francisco. O registro conta, basicamente, com um resumo dos dois primeiros álbuns em excelentes versões ao vivo. O destaque vai para a faixa já citada, em uma versão eletrizante de 14 minutos. 

A qualidade do áudio encontra-se excelente e o mesmo foi disponibilizado em FLAC para uma melhor apreciação.


TRACKS:

01. It's Only Love

02. Ain't Ya Comin' Home Babe?

03. Dear Jill

04. Worry

05. San Francisco Sketches : 

a. Beach Scape

b. Fisherman's Wharf

c. Telegraph Hill

d. Close The Door, I'm Falling Out Of The Room

06. It's Only Love

07. Change Song

08. Cat's Squirrel

09. See My Way

10. Slow Down

11. Rock Me


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sábado, 30 de outubro de 2021

L'UOVO DI COLOMBO - L'Uovo di Colombo - 1973

 


Banda romana formada no início dos anos 70 com uma sonoridade elucidada ao fusion, com influências de Le Orme e ELP. Seu som é mais voltado para o duelo de um forte Hammond bastante distorcido, executado pelo excelente tecladista Enzo Volpini, duelando bravamente com a poderosa guitarra de seu irmão Elio, que também foi um dos fundadores da excelente banda Flea on the Honey, também conhecida como Flea. Enzo também abusa dos solos de RMI e sintetizadores dando um destaque a mais para a bela qualidade do disco. 

Em certas passagens, notamos a presença de melodias mais voltadas para o prog sinfônico que somente os italianos podem proporcionar aos nossos ouvidos. Demonstrando também a capacidade dos demais membros para tocar peças complexas e, que pode ser considerado como um pedaço de virtuosismo e exuberância que classifica esse disco entre as obras-primas da música progressiva.

Suas faixas valem por suas melodias flexíveis, o contraponto harmônico e a amplitude de suas linhas melódicas simples mas, ao mesmo tempo exuberantes, do tema misterioso para o tema agradável, de reflexão para o tema dinâmico, é um trabalho bem interessante e um reflexo perfeito do que foi música progressiva na Itália. 


Infelizmente esse é o único registro oficial lançado e um dos melhores one shot aos quais conheço. A banda tinha tudo para se tornar um daqueles belos medalhões italianos, chegando a participar de diversos festivais pela Itália. O de maior destaque foi em Março de 1973 onde abriram um show do Deep Purple no Palasport de Roma

A gravadora EMI italiana fechou um contrato para o lançamento do disco em questão mas meses depois a banda se dissolveu sem pretensão de lançar nenhum outro registro. O vinil original é raríssimo e quando se encontra disponível, custa centenas de Euros. Para nossa sorte, foi reeditado várias vezes nas décadas sucessivas, tanto em vinil como em CD, sendo publicado até mesmo no Japão.


Após a dissolução do grupo, o baterista Ruggero Stefani continuou sua trajetória musical com os grupos SamadhiMediterraneo e Alunni del Sole, enquanto Elio Volpini retornou ao Flea . O vocalista Tony Gionta, agora com o nome artístico Tony Tartarini, foi um dos fundadores do Cherry Five, que foi nada menos que o embrião daquele que seria o Goblin.

 Trata-se de um disco forte e marcante que, infelizmente é pouco lembrado dentre as centenas de bandas italianas que se tem conhecimento.


TRACKS:


1. L'Indecisione

2. Io 
3. Anja 
4. Vox Dei 
5. Turba 
6. Consiglio 
7. Visione Della Morte 
8. Scherzo 


segunda-feira, 27 de setembro de 2021

[FLAC] BE BOP DELUXE - Riviera Theater - 1976

Hoje começo pedindo desculpas por fugir um pouco do assunto habitual postando uma banda inglesa mais voltada para o Hard Rock que conseguia mesclar o progressivo sem exagerar demais no peso de suas guitarras, diferentemente das bandas de Progressive Metal as quais não consigo digerir desde que comecei a escutar mais a fundo o progressivo em geral. Sei que a grande maioria aqui não curte esse tipo de som proposto pela banda,  infelizmente não posso agradar a todos mas tenho certeza de que muitos aqui ficarão surpresos e até mesmo agradecidos por essa postagem.

O primeiro disco que escutei foi o ótimo "Sunburst Finish" de 1976 e cheguei a conclusão de que se tratava de uma grande banda que não obteve o sucesso merecido e que produziu excelentes materiais que passaram batido pelos grandes selos da época.  

Suas composições abordam temas da ficção científica incluindo ainda fatos sobre amor e condições humanas. Dizem que as letras se referem mais como uma metáfora sobre a própria vida de Nelson, que ainda, nos dias de hoje, é extremamente complicada. 

A banda se desfez em 1979 e Nelson deu continuidade a sua carreira solo com projetos bem diferenciados aos do BBD, compondo mais músicas instrumentais variando entre o experimentalismo e a Ambient Music.  

Esse excelente bootleg foi gravado no Riviera Theater na cidade de Chicago em 21 de Abril de 1976 e conta com belas versões de faixas basicamente retiradas dos discos "Futurama" de 1975 e o já citado "Sunburst Finish" de 1976. 

A qualidade do áudio é boa e disponibilizado em FLAC para uma melhor apreciação.


TRACKS:

01. Fair Exchange

02. Stage Whispers

03. Life In The Air Age

04. Sister Seagull

05. Yorkshire Landscape

06. Maid In Heaven

07. Ships In The Night

08. Bill's Blues

09. Blazing Apostles


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domingo, 29 de agosto de 2021

[FLAC] EMERSON, LAKE & PALMER - Works 1/2 - 1977


 

Desde que aderi ao Rock Progressivo no início dos anos 90, sempre tive o ELP no topo da minha lista de bandas essenciais. Trio de extrema criatividade, liderada por grandiosos nomes que tiveram colaboração mais que indispensável para toda cena britânica da época. Todos os três membros vieram de bandas que abriram as portas para esse gênero musical que tanto nos impressiona mesmo com o passar de tantos e tantos anos. 

Carl Palmer, começou muito bem ao lado do excêntrico Arthur Brown; o tão saudoso Keith Emerson foi de relevante importância para o sucesso do Nice entre os anos de 1967 e 1971;  Greg Lake, que também nos faz muita falta, foi essencial com a presença de sua tenra e marcante timbragem de voz. Tornou-se membro fundador do Crimson, uma das bandas de extrema importância nascida no fim dos anos 60 que, juntamente com outros nomes, foi peça fundamental para o surgimento da cena progressiva europeia que, há mais meio século, ainda é venerada por muitos ao redor do mundo.

O bootleg a seguir faz parte da extensa tour do até então recém gravado Works que foi dividido em dois volumes. Sendo o primeiro lançado em março de 1977 e o segundo em novembro deste mesmo ano.

A apresentação do registro em questão ocorreu em 12 de novembro de 1977, (dois dias após o lançamento oficial do segundo volume) na cidade americana de Wheeling, localizada na Virginia Ocidental.

O setlist é baseado no segundo volume, com boa qualidade de áudio e disponibilizado em FLAC para uma melhor apreciação. Dedicado aos colecionadores de raridades do gênero progressivo.


TRACKS:

01.  Peter Gunn                                                    

02.  Tiger In A Spotlight                                        

03.  C'est La Vie                                                 

04.  Piano Concerto No 1, 1st Movement           

05.  Maple Leaf Rag                                            

06.  Drum Solo - The Enemy God                        

07.  Watching Over You                                       

08.  Pirates                                                         

09.  Fanfare For The Common Man


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domingo, 1 de agosto de 2021

[FLAC] U.K - The Sahara Of Snow - 1978

 


Costumo dizer que o U.K foi um dos últimos suspiros do nosso bom e velho rock progressivo que contava com nomes geniais e de muita importância para todo o êxito do gênero durante a década de 70. 

 A banda teve seu início em 1976 quando Wetton e Bruford se juntaram para gravar umas demos referentes a um álbum solo de Wetton que fracassou e nunca chegou a ser lançado. Empenhados por voltar aos estúdios e aos palcos, os dois resolvem procurar Fripp para uma possível volta do Crimson (em hiato na época), o "convite" não foi aceito e os dois partiram juntos para um projeto paralelo que acabou dando origem ao U.K.

O combinado era que cada um escolhesse um membro para dar o devido suporte nas guitarras e teclados. Wetton escolheu nada menos que Eddie Jobson (Jethro Tull, Curved Air, Zappa, Roxy Music) como tecladista e violinista, que por sinal, deu um diferencial absurdamente deslumbrante a banda. Já Bruford convidou o virtuoso  guitarrista Allan Holdsworth, figura de extrema importância quando o assunto é fusion. Chegou a tocar no ótimo disco Bundles do Soft Machine lançado em 75 e ainda fez parte do Gong por alguns anos antes de aceitar o convite de Bruford para integrar o U.K. Infelizmente, faleceu em 2017 aos 70 anos.

Em 78 a banda lança seu excelente álbum homônimo e sai em uma turnê de quatro longos meses pelos EUA. Acabada a turnê, Wetton despede Holdsworth por diferenças musicais e Bruford também acaba saindo por  ser um baterista mais voltado para o jazz/fusion e a proposta de Wetton para um novo álbum não o agradou.  

O U.K então passa a ser um trio composto pelo tão saudoso Wetton, Jobson e o grandioso baterista Terry Bozzio, fiel parceiro de Zappa nos anos 70. Em 79, lançam o ótimo Danger Money com uma nova roupagem e também muito bem aceito pelo público e crítica da época.

O registro disponibilizado hoje, foi gravado no El Mocambo, um bar localizado na cidade de Toronto em 27 de Junho de 1978.

Aqui encontramos em destaque faixas do primeiro trabalho da banda em versões com belos segmentos instrumentais dignos da grandiosidade de cada músico que compunha o U.K. É uma pena que essa formação específica tenha durado apenas um mísero ano.

A qualidade do áudio é impecável!


TRACKS:

01. Alaska 

02. Time To Kill 

03. The Sahara of Snow 

04. Carrying No Cross 

05. The Only Thing She Needs 

06. Thirty Years 

07. In The Dead of Night 

08. By The Light of Day 

09. Presto Vivace and Reprise 


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domingo, 18 de julho de 2021

[FLAC] STEVE HACKETT - Reading Rock - 1981

 

Em 1978, o Genesis iniciava uma nova turnê e também a fase mais decadente de sua história (que venham as pedras dos fãs mais enérgicos) que perdura até os dias atuais com o anúncio de um novo retorno programado até então para esse ano (que já foi previamente adiado por conta da pandemia da Covid-19).

Steve Hackett deixou a banda em 1977, determinado a continuar sua jornada através da música como artista solo. Após sua saída, presenteou seus fãs com nada menos que nove álbuns solo em 15 anos, incluindo dois com composições inteiramente de peças instrumentais de violão. Apesar do sucesso de seus primeiros álbuns, "Voyage Of The Acolyte", "Please Don't Touch", "Spectral Mornings" e "Defector", o guitarrista evitava intencionalmente tocar músicas do Genesis no palco, incluindo apenas segmentos muito curtos como 'I Know What I Like' e 'Horizons'.

O registro a seguir, faz parte de um tímido enfoque no disco Cured, lançado dias antes dessa apresentação. O disco em si não é dos melhores lançados na carreira solo deste exímio guitarrista mas resolvi disponibilizá-lo por conter algumas de suas faixas que não eram muito comuns em apresentações ao vivo.

Gravado no Reading Rock em 28 de Agosto de 1981 e transmitido por uma rádio inglesa em 04 de Setembro deste mesmo ano.

A qualidade do áudio encontra-se impecável e disponibilizado em FLAC para uma melhor apreciação.


TRACKS:

01. The Air Conditioned Nightmare

02. Everyday

03. Ace of Wands

04. Funny Feelings

05. The Stepps

06. Overnight Sleeper

07. Slogans

08. Tower Stuck Down

09. Spectral Mornings

10. The Show

11. Clocks-Angel of Mons


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