quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

KESTREL - Kestrel - 1975


Banda inglesa formada na cidade litorânea de Whitley Bay, segue uma linha um pouco diferente ao que estamos acostumados quando se refere ao prog sinfônico da primeira metade dos anos 70. Aqui encontramos uma banda mais solta, um tanto melódica e, na maioria das vezes, com uma sonoridade aveludada e um pouco voltada para o pop.

Porém, o que impressiona são as consonâncias instrumentais a cada faixa, organizadas através de guitarras elétricas suaves, boas harmonias vocais e uma variedade de magníficos teclados muito bem executados pelo até então desconhecido, John Cook que inclui em seu repertório Hammond, piano elétrico, Harpsichord e, claro, lindas passagens e suntuosos solos de Mellotron. 

Dois lados da banda podem ser identificados nesse registro. Primeiramente pelas faixas mais curtas que são a grande maioria, muitas seguem uma típica veia de Rock psicodélico do fim dos anos 60, apontando algumas tenras influências ao Procol Harum, com órgãos e guitarras em evidência, apresentando harmonias interessantes em variadas atmosferas. O vocal revelado por Tom Knowles é de boa apreciação, exagerando as vezes em alguns tons mas que aos poucos vai se tornando agradável no decorrer da audição.

Por outro lado, as duas mais longas composições do disco me ganharam por completo por todo alicerce progressivo. "In the War" e "August Carol" são certamente as faixas que demonstram certo equilíbrio entre as texturas instrumentais de maior complexidade. Hammond e Mellotron se intercalam com os belos solos de guitarra muito bem dedilhados por Dave Black. 

O disco homônimo do Kestrel foi o único registro lançado em 1975 pelo selo LP Cube, com a visível intenção em se fazer um trabalho mais comercial. Não deu certo. A banda acabou nesse mesmo ano, fazendo com que Dave Black substituísse nada mais que Mick Ronson, nos últimos suspiros da lendária Spiders from Mars. Infelizmente Black faleceu tragicamente em 2015, sendo atingido por um trem. 

Creio que esse disco irá dividir opiniões. Portanto, recomendo aos que possuem um ouvido mais eclético e aberto para diferentes tipos de percepções no que se enquadra ao progressivo sinfônico. Não se trata de uma obra excessivamente complexa, mas agradável em suas melodias, muito bem executada todavia, distante de ser uma obra-prima. 


TRACKS:

1. The Acrobat 
2. Wind Cloud 
3. I Believe In You 
4. Last Request 
5. In The War
6. Take It Away 
7. Ene Of The Affair 
8. August Carol 



YANDEX

6 comentários:

  1. Hi Thanks,
    it' s not unlike Spring or Fantasy but not completely fantastic like them !
    I search the second Baxter (1974) Dance of delight, could you have it ?

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  2. Obrigado Luciana! Não conhecia esta banda e graças ao seu blog pude ter acesso a este álbum. Grato uma vez mais!

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