Quinteto italiano de alto nível, liderado por três irmãos e produzido pelo próprio pai. A formação contava com Silvana Idà nos vocais, Federico Idà no baixo e flauta, e o caçula Massimo Idà nos teclados. E aqui vale uma pausa: Massimo tinha apenas 14 anos quando o disco foi lançado — e, sinceramente, dá um baile em muito tecladista consagrado por aí.
O garoto dominava piano, Hammond e Moog com uma naturalidade impressionante. Sua performance é tão segura e virtuosa que seria capaz de deixar figuras como Franco Mussida e Flavio Premoli embasbacados.
O grupo apresenta um progressivo marcadamente sinfônico, conduzido pela delicadeza do vocal de Silvana — um diferencial dentro da cena italiana, majoritariamente comandada por vozes masculinas potentes. Silvana imprime um lirismo suave, provavelmente influenciado pela maior de todas: Annie Haslam.
O baterista Marcello Surace também brilha com passagens criativas e viradas cheias de personalidade. Federico Idà, por sua vez, entrega solos de flauta que enriquecem ainda mais o conjunto, remetendo aos momentos mais inspirados da fase Gabriel no Genesis.
Destaque absoluto para as duas primeiras faixas do álbum, que resumem com perfeição o que havia de mais sofisticado e cativante no progressivo sinfônico italiano da época: elegância instrumental, emoção e uma criatividade ímpar.
TRACKS:
1. Embrion
2. Prima Realta / Frammentaria Rivolta
3. Il Grande Disumana / Oratori (Chorale) / Attesa
4. Dimensione Da Sogno
5. Apoteosi
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