domingo, 10 de janeiro de 2016

CAPITOLO 6 - Frutti Per Kagua - 1972




Grupo italiano formado no começo dos anos 70 a partir da fusão entre duas bandas falidas da região da Toscana. Formou-se então um quinteto liderado pelo tecladista Jimmy Santerini e pelo baterista Luciano Casa, sendo que neste caso, Casa tocava apenas violão de 12 cordas e ajudava nos vocais. 

A banda teve seu auge em 1971 quando assinou com a subsidiária italiana da gravadora RCA para lançar um disco que só foi consumado algum tempo depois. Nesse mesmo ano a banda participou de festivais em sua cidade natal, Viareggio e ainda chegou a abrir um show do Led Zeppelin em Roma para centenas de milhares de pessoas. 

Em 1972 a banda perde os dois principais membros sendo substituídos pelo excelente e já falecido tecladista Antonio Favilla e o flautista/sax Loriano Berti, que deixou a banda logo após o lançamento desse disco em questão.

Com todas essas estranhas mudanças na formação ao longo do curto período de sua duração, a banda conseguiu manter uma essencial qualidade no que diz respeito a técnica de seus músicos com a perfeita harmonia vocal do também baterista Lorenzo Donati. 

O disco é composto por apenas cinco mas grandiosas faixas sendo a primeira delas uma verdadeira joia digna ao que conhecemos por progressivo italiano. A faixa de quase 19 minutos dá nome ao disco e é conduzida com extrema perfeição por Berti com belíssimas passagens de flauta em todo o seu decorrer. Em certos momentos nota-se uma nítida semelhança ao estilo Ian Anderson de se conduzir o instrumento mas sem esquecer do toque sutil que só o progressivo italiano pode oferecer aos ouvidos dos mais exigentes.

A segunda parte do disco é composta de faixas menores com vocais bastante expressivos, dando mais ênfase as passagens de violão e guitarra se mesclando a tenros solos de Moog acompanhado de um tímido, porém, belíssimo Hammond.

Infelizmente, a banda se dissolveu após o lançamento desse disco que, por incrível que pareça, não atingiu o sucesso esperado tanto por seus membros quanto pela gravadora. Sabe-se que Favilla se juntou a uma suposta segunda formação do Campo di Marte alguns anos depois que também não obteve sucesso.

Tenho esse disco em particular como obra essencial a minha lista de bandas italianas. Além dos poderosos medalhões, o Capitolo 6 certamente foi peça fundamental para o desenvolvimento do progressivo italiano no começo da década de 70. 

Hoje paga-se muito por esse raro registro lançado originalmente em 1972 pelo selo Ricordi It (RCA) que continha na capa interna o índio de corpo inteiro. Em 1994, o salvador selo italiano Mellow Records relança o disco em CD tornando possível o acesso dos fãs a uma bela raridade como essa. 



TRACKS:

1. Frutti per Kagua
2. Grande spirito
3. Il tramonto di un popolo
4. L'ultima notte 
 




YANDEX


ENGLISH REVIEW:

Italian group formed in the early 70s from the merger between two failed bands in the region of Tuscany. Then formed a quintet led by keyboardist and drummer Jimmy Santerini and Luciano House that in this case, House played only 12-string guitar and helped on vocals.

The band had its peak in 1971 when they signed with the Italian subsidiary of RCA Records to release an album that was finished only after some time. Also in that year, the band played in festivals in their hometown, Viareggio and still came to opening for Led Zeppelin in Rome for thousands of people.

In 1972 the band lost two principal members being replaced by excellent Antonio Favilla keyboardist and flutist / sax Loriano Berti, who left the band shortly after the release of this album in question.

With all these strange lineup changes over the short period of its legth, the band managed to maintain an essential quality in relation to the technique of their musicians with perfect vocal harmony.

The record is composed of only five but fabulous tracks, being the first a true gem worthy of what we know as Italian Progressive Rock. The track of almost 19 minutes, gives its name to the record and is conducted with extreme perfection by Berti with beautiful flute passages throughout its course. At times it is noticed a distinct similarity to the style of Ian Anderson playing his lead instrument but not forgetting the soft touch that only the Italian Progressive Rock can offer to the most discerning ears.


The second part of the album is composed of smaller tracks with very expressive vocals, giving more emphasis on the passages of acustic and eelctric guitars, mingling the tender Moog solos followed by a shy, but beautiful Hammond Organ sound.

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