quinta-feira, 27 de março de 2014

[RESENHA] ALAN PARSONS LIVE PROJECT - PALÁCIO DAS ARTES - BELO HORIZONTE 26 DE MARÇO DE 2014



Belo Horizonte foi contemplada em abrir a turnê sul americana do grande e simpático engenheiro de som e instrumentista Alan Parsons para um espetáculo memorável na noite da última quarta-feira.

A banda adentrou ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes emanando uma atmosfera pra lá de eletrônica com a faixa "I Robot", que dá nome a uma das mais importantes obras desse gênio que trouxe consigo talentosos músicos que abrilhantaram ainda mais aquele belo espetáculo.


O show teve prosseguimento com  cara de que seria uma noite recheada de grandes clássicos que levaria o público presente ao delírio em momentos emocionantes aos quais me arrancaram lágrimas durante boa parte do tempo.

"Time" foi muito bem recebida com boa parte dos presentes cantando em coro toda a música que ecoava nas paredes do teatro. Coisa linda de se ver!

Não posso deixar de lembrar da maravilhosa execução da íntegra da bela faixa pop-progressiva, "Turn Of A Friendly Card" que, levou ao choro compulsivo de um senhor com seus 50 e poucos anos sentado ao meu lado. Momentos como esse é muito bacana de se presenciar, deixando de lado aquele velho rótulo de que BH não tem público suficiente e fiel para shows internacionais.

Os momentos finais ficaram por conta da linda dobradinha da mini-progressiva faixa instrumental "Sirius", seguida do contagiante e excelente hit "Eye In The Sky" onde todos levantaram de suas cadeiras ovacionando o grande mestre que iluminava o teatro com todo seu talento e a voz que, mesmo com o passar dos anos, não mudou quase nada!

A banda se despediu com a vibrante "Games People Play" fazendo com que todos se aglomerassem em frente ao palco como uma singela forma de agradecimento ao belo espetáculo que acabaram de presenciar.


Queria deixar claro que essa é apenas minha opinião e relato pessoal a respeito desse show. Sei que muitos admiradores do gênero progressivo estiveram ontem no Palácio das Artes e deixaram o teatro antes que o show chegasse ao seu fim devido a atmosfera pop criada pela banda. Respeito tais atitudes, sei que foram lá esperando talvez um mediano espetáculo progressivo pois quem estava ali no palco era um cara que muito contribuiu por de trás de suas mirabolantes mesas de som fazendo com que o Pink Floyd se tornasse uma das mais influentes bandas de todos os tempos. 
Agora, se nem o Pink Floyd agrada a todos, imagina então o Alan Parsons...

Sempre, desde criança, admirei o profissional Alan Parsons por grande parte da sua discografia e por suas belas produções junto aos Beatles e ao Pink Floyd. 

Todos aqui sabem que admiro incondicionalmente o Rock Progressivo por toda sua obra e enorme complexidade mas também gosto de coisas que muito diferem ao gênero.

Heresia seria se eu deixasse de citar o show de abertura da tradicional banda Dogma, que muito me surpreendeu com um curto, porém belíssimo espetáculo instrumental. O guitarrista e líder, Fernando Campos encontrou jovens talentos no cenário progressivo mineiro e fez com que o Dogma surgisse com uma nova roupagem, dando a banda um ponto a mais de criatividade. 
O terceiro disco de estúdio ao qual será lançado em breve, promete arranjos muito bem elaborados e uma obra progressiva instrumental de muita qualidade. Aguardamos ansiosos  por esse lançamento.
Lembrando que o Dogma também fará a abertura do show do Marillion em 08 de Maio no Minascentro.

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