Banda romana formada no início dos anos 70 com uma sonoridade elucidada ao fusion, com influências de Le Orme e ELP. Seu som é mais voltado para o duelo de um forte Hammond bastante distorcido, executado pelo excelente tecladista Enzo Volpini, duelando bravamente com a poderosa guitarra de seu irmão Elio, que também foi um dos fundadores da excelente banda Flea on the Honey, também conhecida como Flea. Enzo também abusa dos solos de RMI e sintetizadores dando um destaque a mais para a bela qualidade do disco.
Em certas passagens, notamos a presença de melodias mais voltadas para o prog sinfônico que somente os italianos podem proporcionar aos nossos ouvidos. Demonstrando também a capacidade dos demais membros para tocar peças complexas e, que pode ser considerado como um pedaço de virtuosismo e exuberância que classifica esse disco entre as obras-primas da música progressiva.
Suas faixas valem por suas melodias flexíveis, o contraponto harmônico e a amplitude de suas linhas melódicas simples mas, ao mesmo tempo exuberantes, do tema misterioso para o tema agradável, de reflexão para o tema dinâmico, é um trabalho bem interessante e um reflexo perfeito do que foi música progressiva na Itália.
Infelizmente esse é o único registro oficial lançado e um dos melhores one shot aos quais conheço. A banda tinha tudo para se tornar um daqueles belos medalhões italianos, chegando a participar de diversos festivais pela Itália. O de maior destaque foi em Março de 1973 onde abriram um show do Deep Purple no Palasport de Roma.
A gravadora EMI italiana fechou um contrato para o lançamento do disco em questão mas meses depois a banda se dissolveu sem pretensão de lançar nenhum outro registro. O vinil original é raríssimo e quando se encontra disponível, custa centenas de Euros. Para nossa sorte, foi reeditado várias vezes nas décadas sucessivas, tanto em vinil como em CD, sendo publicado até mesmo no Japão.
Após a dissolução do grupo, o baterista Ruggero Stefani continuou sua trajetória musical com os grupos Samadhi, Mediterraneo e Alunni del Sole, enquanto Elio Volpini retornou ao Flea . O vocalista Tony Gionta, agora com o nome artístico Tony Tartarini, foi um dos fundadores do Cherry Five, que foi nada menos que o embrião daquele que seria o Goblin.
Trata-se de um disco forte e marcante que, infelizmente é pouco lembrado dentre as centenas de bandas italianas que se tem conhecimento.
TRACKS:
1. L'Indecisione
2. Io
3. Anja
4. Vox Dei
5. Turba
6. Consiglio
7. Visione Della Morte
8. Scherzo
Muy agradecido, amigo. Saludos
ResponderExcluirDisco indispensável numa coleção. Uma referência do progressivo italiano. Tive em vinil edição japonesa e tenho em CD. Parabéns pela postagem!
ResponderExcluirÁlbum maravilhoso! Vou ouvir novamente!
ResponderExcluirÁlbum maravilhoso!
ResponderExcluirFantástico trabalho !!!!!
ResponderExcluirComo toda banda Italiana de prog., excelente produção aos nossos ouvidos!
ResponderExcluirO rock progressivo italiano me contagiou de forma a visitar Roma em 2019 e gastar 300 euros em cds e eles foram contemplados
ResponderExcluirMuito bom
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